A luta pela liberdade dos negros brasileiros jamais cessou. Em
1971, um significativo capítulo de nossa história vinha à tona pela ação de
homens e mulheres do Grupo Palmares. Lá do Rio Grande do Sul era revelada a
data do assassinato de Zumbi, um dos ícones da República de Palmares. Passados
sete anos, ativistas negros reunidos em congresso do Movimento Negro Unificado
contra a Discriminação Racial cunharam o 20 de novembro como Dia da Consciência
Negra. Em 1978, era dado o passo que tornaria Zumbi dos Palmares um herói
nacional, vinculado diretamente à resistência do povo negro.
Herdamos os propósitos de Luiza Mahin, Ganga Zumba e legiões de
homens e mulheres negras que se rebelaram a um sistema de opressão. Lançaram
mão de suas vidas a se conformarem com a prisão física e de pensamento.
Contrapuseram-se ante às tentativas de aniquilamento de seus valores africanos
e contribuíram com seus saberes para a fundação e o progresso do Brasil.
Orgulhosamente, exaltamos nossa origem africana e referendamos a
unidade de luta pela liberdade de informação, manifestação religiosa e
cultural. Buscamos maior participação e cidadania para os afro-brasileiros e
nos associamos a outros grupos para dizer não ao racismo, à discriminação e ao
preconceito racial.
Que este 20 de Novembro, assim como todos os outros, seja de
muita festividade, alegria e renove nossas energias para continuarmos nossa
trajetória para conquista de direitos e igualdade de oportunidades. Estejamos
todos, homens e mulheres negras, irmanados nesta caminhada pela liberdade e
pela consciência da riqueza da diversidade racial!”
Matilde Ribeiro
Ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
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