Ela tem
22 anos de idade e ostenta o título de “maior violeira do Brasil”. Em julho,
quando lançou seu primeiro disco, “Sem Fronteiras” (Universal), Bruna Viola já
carregava consigo credenciais suficientes para se colocar como realidade entre
as vozes femininas do sertanejo.
No álbum, com produção de Paul Ralphes, a
cuiabana apresenta toda sua técnica com a viola empunhada, indo do sertanejo
romântico ao pagode caipira.
Seu
primeiro single, “Se Você Voltar”, traz a participação da dupla César Menotti
& Fabiano. A composição é de Fátima Leão e Cesar Menotti.
Outros destaques do disco são “Derramando
Saudades” e “Melodias do Sertão” (ambas de Fernanda Calazans), “A Saudade
Mandou Te Dizer” (Euller Coelho/Diego Souza) e “Espero Mais” (Liah Soares). Na
linha mais tradicional, aparecem canções como o pagodão “Sistema da Bruta”
(Katia Cerezer/Jessica Santos/Jennifer Santos e João Santos) e “Saco de Ouro”,
já gravada por Tião Carreiro & Pardinho e Chitãozinho & Xororó.
Entre
os críticos, os maiores elogios em relação ao trabalho de Bruna Viola falam
justamente sobre a questão de ela ir na contramão do que tem sido feito no
sertanejo.
Só o fato de tocar viola muito bem e carregar
o instrumento até no nome já a diferencia de outras cantoras que estão no
mainstream.
Seu estilo é fortemente inspirado no ídolo
Tião Carreiro. Porém, Bruna também ouve outros gêneros e tenta imprimir um tom
mais moderno ao seu som. “Sou uma pessoa bem eclética.
A moda
de raiz é minha paixão, evidentemente, mas eu ouço de tudo. Adoro samba, MPB e
sons internacionais.
Até por isso, crio essa característica mais
moderna para a viola caipira, através de um batidão mais jovem”, afirma.
Bruna
toca o instrumento desde os onze anos, quando o pediu de presente à sua mãe. A
coisa começou a ficar mais séria na adolescência. “Aos 15 anos, fiz uma
participação na novela ‘Paraíso’ (Globo), cantando Moradia, sucesso de Tião
Carreiro”, conta ela, lembrando que a faixa integra o setlist de novo CD.
por
Thiago Mourato
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