O FESMURP é
um dos maiores festivais de música caipira raiz de todo o Brasil. Criado em
2002, é a preservação mais autêntica do gênero, um evento onde violeiros de
todo país sentem prazer em participar, visto que Pardinho é denominada a
Capital da Música Raiz no Estado de São Paulo, através da lei nº 398∕2005, e
terra do Ferreirinha, do Carreirinho e que valoriza a região, de tantos
compositores e cantores ilustres, como Angelino de Oliveira, Serrinha e Raul
Torres de Botucatu, Tonico e Tinoco vindos em São Manuel, Pedro Bento e Zé da
Estrada que vieram de Pratânia, dentre outros.
O palco do
festival simboliza a verdadeira música do campo; viola e violão, primeira e
segunda voz clássicas e lindas estórias contadas através de letras e melodias
que nos remetem aos tempos áureos da cultura caipira. Grandes nomes da música
raiz já foram homenageados aqui, como Carreirinho, Inezita Barroso, Dino Franco
e agora Tião Carreiro, que completaria 80 anos em Dezembro, mas que continua
vivo nas memórias e nos corações de cada sertanejo, inclusive nos da nova
geração, os chamados “sertanejos universitários”.
O 6º Fesmurp
ocorrerá de 7 a 9 de novembro, com a participação de 30 músicas inéditas e,
exclusivamente nessa edição, as duplas também apresentarão uma música do Tião
Carreiro (saiba mais na aba Regulamento). Haverá premiações até o 15º lugar,
além de troféu individual para a melhor composição. Venha conferir!
HISTÓRICO,
por Sérgio Vieira, idealizador do FESMURP e sócio, juntamente com Chico
Almeida, responsável pela SVCA Produções CultuRaiz, organizadora do festival.
O Festival
Nacional de Música Raiz de Pardinho – FESMURP – surgiu quando, ainda no ano de
1995, assisti no Clube Municipal a um Festival de Música Sertaneja promovido
por uma rádio de Tiête-SP, onde aproximadamente 15 duplas disputavam o prêmio,
o Rick da hoje famosa dupla “Rick & Renner”, ainda aspirando a fama, era
membro da comissão julgadora na ocasião. Isso ficou na minha cabeça, visto que
a cidade era e sempre foi apaixonada por música caipira e reduto de grandes
nomes do gênero.
No ano de
2002, numa conversa entre amigos no auditório (quintal) da Rádio Comunitária
local (Paixão FM), eu e o meu companheiro Chico Almeida, juntamente com o José
Geraldo Roder, na ocasião representante do Conselho Administrativo da Paróquia
Divino Espírito Santo e com o meu grande amigo Dorival Corule (o Paixão),
presidente da Rádio, demos inicio ao que se tornaria um dos maiores Festivais
do gênero no Estado de São Paulo. Em principio, seria um evento modesto, no Salão
Paroquial da cidade e com plateia estimada em duzentas ou trezentas pessoas no
máximo; entretanto, com a interferência de Rivaldo Corulli (na época Diretor do
Programa Viola Minha Viola da TV Cultura), o Festival tomou proporções
inimagináveis.
A divulgação
foi feita a nível nacional, através da TV Cultura, do SBT e suas filiadas e de
diversos outros meios, o que trouxe para Pardinho caravanas dos mais diversos
estados (Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio
Grande do Sul, Paraná e té de Tocantins), uma enxurrada de gente.
Os
participantes foram selecionados pela comissão artística do Programa “Viola
Minha Viola”, formada na época pela Inezita Barroso, que se tornaria Madrinha
do Festival, por Robertinho do Acordeom (in memorian), Joãozinho, Rivaldo
Corulli, Carreirinho, o pardinhense Zé Procópio, que fora companheiro de
composições de Carreirinho, e Fusco Neto, Presidente da Associação dos Artistas
Sertanejos do Estado de São Paulo. De 220 duplas concorrentes que mandaram
material (áudio) para avaliação, foram selecionadas 30.
Todas as
noites (Quinta, Sexta, Sábado e Domingo), após a apresentação das duplas
concorrentes (10 por noite e a final com 15 no domingo), houve shows com duplas
consagradas da musicas raiz como Tinoco e Tinoquinho, Abel e Caim, Mococa e
Paraíso, Pedro Bento e Zé da Estrada, Otávio Augusto e Gabriel, Ramiro Viola e
Pardini, Robertinho do Acordeom e Regional, Inezita Barroso, Liu e Léo, César
da dupla César e Paulinho, Catira Brasil, entre outros.
O Festival
foi realizado até o ano de 2006, mas por inviabilidade financeira foi
interrompido, porém, abriu as portas para que fossem criadas a Associação de
Amigos da Viola de Pardinho, que tem como carro chefe a Orquestra de Violeiros
e a Cavalgada do Ferreirinha. Foi retomado em 2013 com o apoio do Instituto
Jatobás e da Prefeitura Municipal e continua a todo vapor neste ano de 2014 com
o tema Tião Carreiro 80 anos. Espero vocês lá!
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